Feliz Natal

A Estrela

Um dia, à meia-noite, ele viu-a. Era a estrela mais gira do céu, muito viva, e a essa hora passava mesmo por cima da torre. Como é que a não tinham roubado? Ele próprio, Pedro, que era um miúdo, se a quisesse empalmar era só deitar-lhe a mão. Na realidade, não sabia bem para quê. Era bonita, no céu preto, gostava de a ter. Talvez depois a pusesse no quarto, talvez a trouxesse ao peito. E daí, se calhar, talvez a viesse a dar à mãe para enfeitar o cabelo. Devia-lhe ficar bem, no cabelo.

in A Estrela, Contos de Vergílio Ferreira

Para o namorado fofinho que é a companhia ideal em todos os momentos

Uma t-shit do cãoazul que vai valer umas valentes gargalhadas. Acho esta linda!

Conjunto de livros de Gonçalo M. Tavares da colecção O Bairro (talvez seja preciso vasculhar algumas livrarias porque são de edição limitada)

Um Curso de cozinha Vaqueiro, para que não tenha desculpas quando é a vez dele fazer o jantar. O curso inclui cozinhar e comer as iguarias preparadas. Horários, informações e preços aqui.

Um crocodilo, dos que não fazem mal a ninguém. Design português, para arrumar discos, cd's e revistas. Este chama-se Nillo, é de cartão e monta-se como um puzzle. À venda online e em algumas lojas por aí. (A saber, o Nillo tem um primo que é o Donko, e um dia ainda havemos de morar juntos ;)

Para o irmão hiper guloso, que anda sempre a mil e não tem tempo para nada

Boxers da Throttleman bem coloridos e com nome (este modelo chama-se "Outsider")

A Matemática das Coisas, de Nuno Crato. Um livro que explica como a matemática atravessa o nosso dia-a-dia, escrito de forma a que todos a entendam e se entusiasmem com ela. (Este presente foi pedido pelo meu irmão há dois anos, portanto só pode ser um presente bom para irmãos ;)

Chocolates Mãe Natal da Regina, porque Natal é quando a Mãe quiser, e Natal sem chocolates não é Natal.

Uma boa acção. Vá ao Zoo de Lisboa, escolha um animal e apadrinhe-o por um ano. Durante esse ano, vai garantir tratamento e alimentação ao seu afilhado e ainda ter direito a ver o seu nome numa placa. Tudo aqui para saber mais.

Para a mãe que diz que só quer abraços e beijinhos

 

O novo CD do Rui Veloso - Rui Veloso e Amigos - para que recorde as músicas do seu tempo de juventude (a minha mãe derrete-se com as suas cantorias!)

Poncho da Lanidor, para passar um Inverno quentinho.

Um fio, com a inicial do nome dela, um coração, uma medalhinha de santo. Um presente elegante e intemporal.

O livro D. Amélia, da Isabel Stilwell, sobre a vida da última Rainha de Portugal. Como já escrevi uma vez, um livro é o único presente que se pode sempre voltar a abrir :)

Exactamente aquilo que ela quer! Um pacote de Beijinhos. Bolinhos regionais de língua de gato por baixo e açucar por cima. Para ela ficar ainda mais doce.

Para os avós que nunca se cansam de mimar os netos e merecem o melhor do mundo

Sabonetes Claus Porto, para ficarem cheirosos.

Bilhetes para uma visita ao Oceanário de Lisboa, ao Jardim Zoológico ou a um qualquer espectáculo que gostem, para se distrairem e deixarem de pensar nas maleitas. (E os +65 têm desconto em todo o lado!)

Um fim-de-semana numa das Pousadas de Portugal, porque todos os avós gostam de passear. Estes packs têm seis experiências à escolha, e este chama-se a Arte de Saborear.

Um calendário com fotos de família, para que se lembrem como têm uns netos bonitos (e eventualmente outros parentes também ;)

Bolinhos feitos em casa, com muito amor e carinho, para lhes adoçar os dias, e oferecidos numa caixinha catita. Esta da Unicef é gira e ajuda quem precisa.

Para toda e qualquer espécie de amigas

Dourado e prateado em versão caneta bic, uma brincadeira para a amiga que tem a mania que é chique. Disponível em qualquer papelaria da moda.

Uma clutch, em cor clarinha e tecido de Inverno. Deste blog, em modelo quase exclusivo onde tudo é feito à mão.

José&Pilar, o DVD sobre a vida de José Saramago e Pilar del Rio, uma história de amor e de livros, para a amiga romântica intelectual.

Pregadeira da Vista Alegre, para animar a roupa mais escura que usamos por estes dias. Para a amiga moderna que gosta de reinventar o clássico.

Agenda 2013 da Planeta Tangerina, para a amiga organizada e cheia de compromissos, daqui.

Para o pai que não liga a presentes, mas a quem não podemos deixar de dar qualquer coisinha

Petiscos em conserva, da Conserveira de Lisboa, para pais que gostam de patuscadas.

Uma assinatura de 1 ano da revista National Geographic portuguesa, que tem nesta altura umas promoções bestiais.

Uma camisa, uma gravata ou qualquer outra peça da Rosa&Teixeira. Para um pai elegante, tudo da melhor qualidade, ainda que a preços puxadotes.

Os presentes

O Natal não são presentes, mas são também presentes. Porque através deles mostramos o nosso carinho e atenção a quem os oferecemos. Como o nome indica, são uma forma de tornar presentes aqueles de quem mais gostamos.

Próximos posts, ideias para os que deixaram tudo para a última ;)

12/12/12

Parece que o mundo não acabou hoje. Pelo menos até agora e, a menos que decida acabar na próxima meia hora, estamos safos.

O que talvez já tenha vindo a acabar há algum tempo é o mundo como o conhecemos hoje, de direitos adquiridos, de consumo imediato, de desequilíbrios cada vez maiores, de profundo individualismo. Mas é tudo uma questão de perspectiva. Haja tempo e vontade para mudar isto.

Xutos & Pontapés

Que concerto este Sábado no Campo Pequeno.

São os maiores!

Aquilo ou a falta de incentivos para por esta juventude a ler livros

Para quem julgava que este blog era só feito de coisas profundas, bonitas e bem cheirosas, desengane-se.

A prova esta aqui, numa partilha que me vejo obrigada a fazer com todos os (talvez só três, mas muito estimados) leitores, que nos vêm visitar e podem não estar atentos às novidades editoriais. Um passeio a uma livraria e uma espreitadela na secção de crianças, e eis que descubro que o Plano Nacional de Leitura recomenda:

Qual aquilo?...
Isto.

Acusações infundadas

Não é possível... pensam...

Ai é é.
[Pausa para se recomporem]

A revelação.

Desculpem ter contado o fim da história.
Ms há mais animais consultados ao longo do livro, e pormenores sobre o seu respectivo "aquilo".
Para os curiosos as páginas estão todas disponíveis aqui.

As coisas melhores

As coisas melhores são feitas no ar,

andar nas nuvens, devanear,

voar, sonhar, falar no ar,

fazer castelos no ar 

e ir lá para dentro morar,

ou então estar em qualquer sítio só a estar,

a respiração a respirar,

o coração a pulsar,

o sangue a sangrar,

a imaginação a imaginar,

os olhos a olhar

(embora sem ver),

e ficar muito quietinho a ser,

os tecidos a tecer,

os cabelos a crescer.

E isso tudo a saber

que isto tudo está a acontecer!

As coisas melhores são de ar

só é preciso abrir os olhos e olhar,

basta respirar.

Manuel António Pina

Mixórdia de Temáticas

Para quem, como eu, gostava de se levantar bem disposta e cheia de genica, mas precisa de um guindaste para sair da cama todas as manhã, tem nas manhãs da comercial um incentivo bestial.

Hoje, no dia em que nasceu mais um bebé, foi precisamente sobre esse tema que o Ricardo falou na Mixórdia de Temáticas.

Aqui fica, em honra dos pais babados, para que inebriados com as suas crias, não percam o senso. Hilariante!

Natal Português

Daqui a um mês é Natal!

Aqui estamos sempre de olho bem aberto ao que para aí se diz e escreve. Ora, corre nos facebooks e por este mundo virtual afora um apelo a que neste Natal as compras sejam feitas no pequeno comécio e de produtos nacionais ou artesanato português.

Contem connosco!

"Façamos o seguinte para o Natal: Compremos os presentes a pequenas empresas e artesãos: À vizinha que vende por catálogo ou pela internet, a artesãos que conheçamos, à amiga que tem uma loja no bairro, ao pasteleiro que faz os doces artesan

ais, ao rapaz que tem uma banca no mercado... Façamos o dinheiro chegar às pessoas comuns e não às grandes multinacionais. Assim haverá mais gente a ter um melhor Natal."

Descubram as diferenças

Serei a única a achar alguma semelhança entre o penteado da nossa presidente da Assembleia da República Dra. Assunção Esteves e a Maitena (autora destes famosíssimos livros)?

Por enquanto

Este blog tem potencial, eu sei que tem. E não está a ter o tratamento que merece. Mas há alturas em que o tempo para ter ideias é maior que o tempo para as por em prática. Porque as ideias podem ter-se em qualquer altura, em qualquer lugar, inspiradas por qualquer coisa. Mas aplicá-las aqui requer tempo para escrever textos, recolher imagens, diversificar conteúdos. E também porque a verdade é que troco facilmente o tempo de aqui vir por uma conversa de café com amigos ou uma gargalhada ao vivo. 

Gostava que este blog fosse uma coisa mais à séria. Mas por enquanto, faz-se o que se pode. Lá chegaremos. Um dia.

Amadeo de Souza Cardoso

Clown-cavalo-salamandra

De Amadeo de Souza Cardoso, uma das maiores  referências da pintura modernista em Portugal. Um pintor que faria hoje 125 anos.

♥

O problema com o amor, como com quase todos os substantivos abstractos, é que para o definir é preciso senti-lo, e nessa altura estamos demasiado ocupados para pensar.

                                                                                          in A instrução dos amantes, de Inês Pedrosa

Divisão de tarefas

- Eu sou uma menina do mar. Chamo-me Menina do Mar e não tenho outro nome. Não sei onde nasci. Um dia uma gaivota trouxe-me no bico para esta praia. Pôs-me numa rocha na maré vaza e o polvo, o caranguejo e o peixe tomaram conta de mim. Vivemos os quatro numa gruta muito bonita. O polvo arruma a casa, alisa a areia, vai buscar a comida. É de nós todos o que trabalha mais, porque tem muitos braços. O caranguejo é o cozinheiro. Faz caldo verde com limos, sorvetes de espuma, e salada de algas, sopa de tartaruga, caviar e muitas outras receitas. É um grande cozinheiro. Quando a comida está pronta o polvo põe a mesa. A toalha é uma alga branca e os pratos são conchas. Depois, à noite, o polvo faz a minha cama com algas muito verdes e muito macias. Mas o costureira dos meus vestidos é o caranguejo. E é também o meu ourives: ele é que faz os meus colares de búzios, de corais e de pérolas. O peixe não faz nada porque não tem mãos, nem braços com ventosas como o polvo, nem braços com tenazes como o caranguejo. Só tem barbatanas e as barbatanas servem só para nadar. Mas é o meu melhor amigo. Como não tem braços nunca me põe de castigo. É com ele que eu brinco. 

                        

                                  in A Menina do Mar de Sophia de Melo Breyner, que faria hoje 93 anos

O meu selo

O meuselo é um serviço dos CTT que permite criar selos personalizados com imagens próprias ou textos à escolha. Uma ideia que permite criar selos únicos e usar a criatividade para por exemplo divulgar uma marca ou um produto, surpreender os amigos a comunicar um evento, um casamento, aniversário ou baptizado, ou para divulgar aquela fotografia que tanto nos orgulha.

Uma ideia original que tem aqui tudinho explicado passo a passo.

Carolina Beatriz Ângelo

Carolina Beatriz Angelo foi a primeira mulher portuguesa a votar.

Nascida na Guarda, licenciou-se em medicina em Lisboa e foi a primeira mulher portuguesa a operar no Hospital de São José.

A primeira lei eleitoral da República Portuguesa permitia o voto aos «cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família». Viúva e com uma filha para criar, Carolina Beatriz Angelo entendeu que tendo a qualidade de chefe de família também deveria ter direito a votar porque "cidadãos" abrangia homens e mulheres. Uma decisão judicial deu-lhe razão, e a 28 de Maio de 1911 foi a primeira mulher a votar nas eleições para a Assembleia Constituinte.

Esta graça levou a uma alteração na lei, e as mulheres tiveram de esperar até 1931 para poder votar.

O português rula

Estamos vivos! E de boa saúde. Às vezes um pouco perros, mas continuamos por aqui.

Design de cortiça

Portugal é o maior produtor mundial de cortiça. Nos últimos anos descobrimos que  este produto pode ser objecto de um design original e criativo.
A cortiça é extraída do sobreiro, uma árvore que tem um tempo de vida de 250 a 350 anos e a única árvore cuja casca se regenera após cada extracção de cortiça, permitindo uma nova extracção a cada nove anos.
Aqui produtos da corkdesign

 

Brevemente num carrinho perto de si

Eu sei eu sei que ainda está sol e calor e bom para a praia, apesar da chegada do Outono. Mas se soubessem as saudades que eu tenho disto...

Clarabóia

Escrito por José Saramago antes de ser o Saramago que conhecemos. A sua primeira obra que não foi publicada no tempo em que foi escrita, e que descoberta muitos anos mais tarde, o autor pediu que só o fosse depois da sua morte.

Relata a história de seis inquilinos que moram num prédio na Lisboa dos anos 50. Personagens densas com vidas que ainda hoje se podiam repetir. 

Para uma confessa admiradora deste autor, vale concerteza a pena ler.